O
MONER esteve presente na grande manifestação com a marcha e o ato público em
defesa dos royalties e da Constituição em Campos dos Goytacazes (15), que
reuniu mais de 30 mil pessoas, na Praça do Santíssimo Salvador. Presentes
também representantes de municípios vizinhos Foi um ato cívico emocionante que
parou a cidade. A sociedade que foi mobilizada pela Prefeita Rosinha Garotinho cantou
o Hino Nacional Brasileiro, trazendo nas mãos a Constituição do Brasil e diziam
em coro: “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”. Em 1985, neste local,
foi assinada a Lei dos Royalties, do senador Nelson Carneiro. E a vontade do
povo prevaleceu.
- Para Nayt Junior, Presidente do MONÉR, “Não
é mais possível que o povo negro veja seus interesses esmagados sem se
posicional”, disse. Lembrou que se a Constituição for desrespeitada e os
royalties e as participações especiais forem recalculados quem mais perderá são
os negros e negros do estado do Rio de Janeiro, com destaque para os que moram
na Região Norte e na Região Noroeste do estado.
“Confesso que há muito tempo não me
emocionava tanto. Quando a prefeita Rosinha foi lendo o nome dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, a cada um deles, a multidão levantava a Constituição
e dizia: "Faça valer a Constituição". Foi um ato cívico, emocionante,
que parou a cidade. É bom frisar para quem não estava lá que não houve qualquer
afronta ao Supremo Tribunal Federal, muito pelo contrário, o povo de Campos
respeita a Constituição e a mais alta corte do nosso país. O que fizemos foi um
apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal por serem eles os guardiões da
nossa Constituição”. Deputado Federal e ex-governador Anthony Garotinho.
Em favor dos royalties a prefeita Rosinha esteve em Brasília (19), em audiência com o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, às 19h45. Acompanhada do vice-presidente da Ompetro, o prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos; o deputado federal Anthony Garotinho, e de lideranças jurídicas da região, a prefeita vai mostrar ao ministro dados que comprovam a falência que está por vir à região produtora, caso aconteça a redistribuição inconstitucional dos royalties do petróleo. Participam ainda, da audiência, o procurador da Prefeitura de Campos, Matheus José; o promotor de Justiça, Marcelo Lessa; e o juiz diretor do Forum Maria Tereza Gusmão, Paulo Assed.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (18) parte da nova lei dos royalties do Petróleo, promulgada na semana passada. A ministra deferiu liminar na ação de autoria do Estado do Rio de Janeiro . O argumento dos fluminenses é que só neste ano o Estado e seus municípios perderiam R$ 4 bilhões em arrecadação. Cármen Lúcia concedeu liminar em favor de ação de autoria do Estado do Rio de Janeiro. Decisão tem validade enquanto o caso não for apreciado pelo plenário do STF.
Também presente na manifestação a Assistente social
e Presidente Municipal do MONER em Duque de Caxias, Lídia Silva disse que:
"Estar aqui, no extremo norte do estado e poder erguer a minha voz em
favor da Constituição e em prol do meu estado e mostrar que a mulher negra
sabe, sim, qual é o seu papel na história do Brasil. Não iremos nos permitir
ser como vaquinhas de presépio, aceitando tudo o que os poderosos do congresso
querem nos impor", Falou.
Luis Claudio de Sant'ana (D), Coordenador Geral da
Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Município de São
Gonçalo (Segundo maior município do estado e o decimo quarto do país em numero
de habitantes), "Nós negras e negros temos que participar desse processo.
Historicamente, todos os movimentos importantes, desde os que visavam a
Proclamação da Republica, passando pelas Diretas Já, contaram com a mobilização
de vários setores do movimento negro organizado. E agora estamos aqui, prontos
para defender os interesses do estado do Rio de Janeiro," Encerrou.
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