sábado, 14 de maio de 2011

Comissão Executiva Municipal do Rio de Janeiro do MONER toma posse

Vereador João Mendes de Jesus e Nayt Junior

Dia 13 de Maio de 2011. Data em que se comemora o Dia Nacional da Luta Contra o Racismo e após 123 anos da assinatura da Lei Áurea, que findou a escravidão no Brasil, o  MONER  - Movimento Negro Republicano, do Partido Republicano, deu posse a seus integrantes. Foi um acontecimento histórico, que se deu no Salão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, local onde foi assinada a Proclamação da República.

Simbolicamente, o Vereador João Mendes de Jesus, Líder do PRB e Presidente da Comissão do Idoso, diplomou os representantes de não menos 19 municípios do Estado do Rio onde o MONER já está colsolidado ou em processo de consolidação. Um dos pontos mais relevantes do evento foi a presença do Deputado Carlos Alberto de Oliveira Caó, marco na história do movimento negro no Brasil, por conta da Lei Caó, Nº 7 437, de dezembro de 1985.

- O 13 de Maio para nós negros, brasileiros, afro descendentes é um momento histórico importante. Hoje, aqui na Casa, trouxemos um debate sobre a exclusão do negro e as oportunidades para a população negra. A questão passa pela falta de trabalho. Com o fim da escravidão, não houve acesso ao mercado de trabalho para absorver a mão-de-obra negra. Tivemos como resultado uma população negra excluída dos mecanismos democráticos de ascensão social, econômica e cultural – falou o Vereador João Mendes de Jesus.

Para o Presidente do MONER, Nayt Junior, “Agora teremos um caminho a trilhar,” disse. O primeiro passo é consolidar os 24 municípios do Rio de Janeiro. O MONER estará, visitando cada liderança, falando do que é, o que tem e pra que veio, trazendo os presidentes para uma capacitação. “Pretendemos que tudo isso se dê o mais breve possível, iniciando um processo político de embate nos municípios onde o PR é oposição, pedir apoio nos municípios em que somos situação fazendo política”, complementou.

- Temos um calhamaço de agradecimentos a fazer. Queremos pontuar cada uma das pessoas até este momento. Apesar de sabermos que o Deputado Federal Anthny Garotinho (o qual precisamos de seu aval) tem a questão racial no seu coração, não só pelos filhos que adotou, mas também pelas políticas públicas que implantou em seu governo, lamentamos a ausência dele ao evento, juntamene com o  Prof. Fernando Pelegrino – Ressaltou Nayt Junior.

O MONER entende que há questões muito grave acontecendo no Brasil, que não devem passar despercebidas. O Censo de 2010 fala que o negro é 53% da população brasileira e isso traduz a desigualdade. Estes dados é bom por um lado porque traduz que o negro é maioria no Brasil, mas é ruim por outro, porque o negro é maioria nos locais onde não deveriam estar, como nos guetos, nas favelas, na prisão ou nos prostíbulos. Esta questão deve ser encarada com muita seriedade, no plano estadual.

– Temos que ocupar espaço e precisamos realmente no poder. A exemplo do Tribunal de Justiça temos 180 desembargadores e quantos negros? Na Assembléia Legislativa quantos negros? Na Câmara Legislativa quantos negros? E no Congresso quantos negros? E o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos diz que somos mais da metade. A população brasileira é negra e onde estamos? - Victor Hugo Gonçalves Pereira, Advogado

No plano federal também se tem muito a caminhar. O MONER estará conversando com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, com quem quer estreirar relacionamento. Tem também a Fundação Cultural Palmares, onde já foi um passo muito largo em cnversa com o seu presidente, Sr. Helói, mas o movimento avançar muito mais.

– A posse pra mim foi um ato muito importante  e de grande relevência nesta data e um desagravo. Lamentei a falta dos deputados federais, estaduais e municipais do Partido Republicano. Peço ao líder do PR na Câmara dos Deputados em Brasília, Sr. Lincoln Portela, para que compense esta ausência mobilizando um encontro dos negros do PR em Brasília - Pastor Bentilho Jorge da Silva – Frente de Economia Negra.


Outro avanço que o MONER pretende dar é em relação ao Comitê Técnico da Saúde da População Negra, com quem a gente também precisa estreitar relacionamento. A outra entidade é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Enfim, o novo movimento do PR tem coisas a fazer. O momento de celebração é este, masjá está se findando e entronizando momento de trabalho.

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