O MONER
presta homenagem ao Professor Eduardo de Oliveira, que
nos deixou no dia 12 de Julho, em São Paulo. Esse homem é Parte da História do Movimento Negro
Brasileiro. Era reminiscente da Frente Negra Brasileira, tendo participado de
muitas reuniões de organização do, que seria o, primeiro Partido Político Negro
do Brasil.
Foi do
MR-8 e um dos Fundadores do PMDB. Era "Quercista" de Carteirinha (sua
fidelidade ao MR-8 e a Quércia é histórica e de conhecimento público).
Foi o Presidente
Nacional do PMDB Afro-brasileiro, com características de
"Interventor", quando o Presidente Michel Temer, para abafar o
Movimento Revoltoso que nascia a partir do Rio Grande do Sul e do Rio de
Janeiro, o Nomeia Presidente Nacional, o que por sua respeitabilidade, idade e
história, acalmaram os ânimos.
Participou
da Conferencia Internacional de Durban. Participou da ECO 92, debatendo a questão
do Negro na Política. Esteve nos encontros de organzação da Rio +20, no Rio de
Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Também participou do Comitê Nacional do
Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil, entre outros.
A morte do professor Eduardo, que era autor do “Hino
da Negritude”, provocou tristeza e consternação na maioria das lideranças do
Movimento Negro.
O Movimento Negro brasileiro está enlutado,
entristecido com o passamento do professor Eduardo de Oliveira. Sua história
de lutas para um Brasil progressista e independente, com um povo nutrido e
feliz, se soma a toda uma trajetória de vida contra o racismo e os
preconceitos.
O Hino da Negritude de sua autoria é um relato da
firmeza e certeza que ele nutriu de ter um país sem racismo. “Seu legado nos
orienta a erguermos a cabeça e continuarmos lutando por uma sociedade justa,
sem racismo e fraterna”, lamentou Nayt Junior, Presidente do MONER.
Paulista, nascido em 1.926, o professor Eduardo de
Oliveira, era também conferencista, jornalista e poeta, autor de Banzo (1.965),
Gestas Líricas da Negritude (1.967) Evangelho Solidão (1.970), e Hino à
Negritude (2.009). Foi fundador presidente do Congresso Nacional
Afro-Brasileiro (CNAB).
Viúvo, ele deixa seis filhos, além de netos e bisnetos. “Seu filho, José
Francisco Ferreira de Oliveira, 54 anos, lembrou a importância do pai na
inserção da discussão racial nos partidos políticos.” Um eterno lutador. “Essa
é a imagem que fica de alguém que lutou a vida inteira para combater a
discriminação racial não somente no Brasil, mas no mundo”, declarou.
Atualmente, militava no Partido Pátria Livre.
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