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Na foto: Rafael Silva Oliveira - Organizador do Ato e
Nayt Junior, Presidente do MONER.
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Ativistas
do MONER - Movimento Negro Republicano do PR/RJ e Jovens que se mobilizaram
pelas redes sociais fizeram hoje um protesto em frente à ALERJ com guardanapos
na cabeça para protestar contra a roubalheira do governo Cabral, as farras na
Europa e para cobrar a CPI sobre as viagens do governador.
A tropa de
choque da PM foi mobilizada desde cedo, a pedido do presidente da ALERJ, Paulo
Melo para tentar impedir a manifestação, que aconteceu assim mesmo. Também
muitos Guardas Municipais estavam presentes para intimidar os Manifestantes.
Fazendo uso
da palavra, Nayt Junior, Presidente do MONER cobrou do Presidente da ALERJ,
Deputado Paulo Melo, a abertura de uma CPI que apure as viagens e os desmandos
cometidos pelo governador Sergio Cabral e seu secretariado.
Como os
manifestantes colocaram nas faixas: “Explica ALERJ. Cadê a CPI?”. Essa é a
pergunta que está na boca do povo.
Cerca de 40 manifestantes fizeram
na tarde desta terça-feira, em frente às escadarias da Assembleia Legislativa
do Rio, no Centro, um protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a
Delta Construções, empreiteira investigada pela Polícia Federal por suposto
envolvimento em esquemas fraudulentos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Eles cobraram explicações de
Cabral, fotografado em Paris ao lado do amigo e ex-presidente do Delta Fernando
Cavendish em passeios e jantares em restaurantes de luxo. As imagens foram
divulgadas no blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR).
O movimento foi organizado nas redes sociais pelo consultor de projetos na
internet, Rafael Silva Oliveira, de 38 anos. Com faixas e cartazes, os
participantes ironizaram Cabral e o ex-líder do governo na Câmara, Cândido
Vaccarezza (PT-SP): "Pizzaria Vaccarezão - pedindo um Cabral à francesa,
você ganha uma CPI brotinho".
Na semana passada, o governador e
o petista foram flagrados trocando mensagens pelo celular. Nos torpedos,
enviados em meio à votação de requerimentos de convocação da CPI mista que
investiga as atividades de Cachoeira, Vaccarezza sugeriria uma estratégia de
blindagem de Cabral para ele não ir depor na comissão.
- Este protesto é
uma forma de ajudar a ampliar a manifestação na internet. O dramático não é o
Cabral gastar dinheiro em Paris. O triste é saber que quem manda no estado é um
empreiteiro (Cavendish). Quando o Cabral não se explica, ele está desrespeitando
a população.
Os cariocas não podem ser tratados como palhaços - afirmou
Oliveira, referindo-se aos contratos de R$ 1,5 bilhão firmado entre a Delta e o
governo do estado desde 2007.
Policiais do
Batalhão de Choque, guardas municipais e seguranças da Alerj isolaram a entrada
principal do prédio, na Rua Primeiro de Março, evitando que os manifestantes se
aproximassem. Não houve confusão. Integrantes do PSOL e do PSTU e alguns
bombeiros estiveram no local, assim como o pré-candidato a prefeito do Rio, o
deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que passou rapidamente no protesto.
A
deputada estadual Janira Rocha (PSOL) e o presidente regional do PSTU, Cyro
Garcia, também estavam presentes.
- Estamos vivendo
uma decadência moral no estado do Rio de tal forma que é muito importante que a
população passe a deixar de se acostumar com essa corrupção e, realmente, se
mobilize para demonstrar sua insatisfação - declarou a deputada Janira Rocha.
Os participantes
usaram panos brancos na cabeça. A atitude foi uma sátira às fotos divulgadas em
que secretários do governo Cabral aparecem dançando com guardanapos na cabeça
em uma comemoração na capital da França, ao lado de Cavendish.
Entre eles, Sérgio
Côrtes (Saúde) e Wilson Carlos (Governo). Na imagens, de 2009, está também
Sérgio Dias, secretário municipal de Urbanismo da administração do prefeito
Eduardo Paes (PMDB), pré-candidato à reeleição. Os manifestantes distribuíram
ainda os adesivos "Operação explica Cabral. Eu cobro".
Enquanto ocorria o
protesto, o plenário da Alerj estava vazio. Às 15h30m, apenas 14 dos 70
deputados estaduais havia marcado presença no expediente inicial da Casa,
iniciada às 14h30m. Cabral tem o apoio de pelo menos 64 parlamentares.
Procurado, o governador não quis falar sobre o protesto.
Fonte: Jornal O Globo. Colaborou: Nay Junior.
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