quarta-feira, 23 de maio de 2012

MONER Participa de Manifestação do Movimento "Explica Cabral" nas Escadarias da ALERJ

Na foto: Rafael Silva Oliveira - Organizador do Ato e Nayt Junior, Presidente do MONER.
Ativistas do MONER - Movimento Negro Republicano do PR/RJ e Jovens que se mobilizaram pelas redes sociais fizeram hoje um protesto em frente à ALERJ com guardanapos na cabeça para protestar contra a roubalheira do governo Cabral, as farras na Europa e para cobrar a CPI sobre as viagens do governador.

A tropa de choque da PM foi mobilizada desde cedo, a pedido do presidente da ALERJ, Paulo Melo para tentar impedir a manifestação, que aconteceu assim mesmo. Também muitos Guardas Municipais estavam presentes para intimidar os Manifestantes.

Fazendo uso da palavra, Nayt Junior, Presidente do MONER cobrou do Presidente da ALERJ, Deputado Paulo Melo, a abertura de uma CPI que apure as viagens e os desmandos cometidos pelo governador Sergio Cabral e seu secretariado.

Como os manifestantes colocaram nas faixas: “Explica ALERJ. Cadê a CPI?”. Essa é a pergunta que está na boca do povo.

Cerca de 40 manifestantes fizeram na tarde desta terça-feira, em frente às escadarias da Assembleia Legislativa do Rio, no Centro, um protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Delta Construções, empreiteira investigada pela Polícia Federal por suposto envolvimento em esquemas fraudulentos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Eles cobraram explicações de Cabral, fotografado em Paris ao lado do amigo e ex-presidente do Delta Fernando Cavendish em passeios e jantares em restaurantes de luxo. As imagens foram divulgadas no blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR).

O movimento foi organizado nas redes sociais pelo consultor de projetos na internet, Rafael Silva Oliveira, de 38 anos. Com faixas e cartazes, os participantes ironizaram Cabral e o ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP): "Pizzaria Vaccarezão - pedindo um Cabral à francesa, você ganha uma CPI brotinho".


Na semana passada, o governador e o petista foram flagrados trocando mensagens pelo celular. Nos torpedos, enviados em meio à votação de requerimentos de convocação da CPI mista que investiga as atividades de Cachoeira, Vaccarezza sugeriria uma estratégia de blindagem de Cabral para ele não ir depor na comissão.

- Este protesto é uma forma de ajudar a ampliar a manifestação na internet. O dramático não é o Cabral gastar dinheiro em Paris. O triste é saber que quem manda no estado é um empreiteiro (Cavendish). Quando o Cabral não se explica, ele está desrespeitando a população. 

Os cariocas não podem ser tratados como palhaços - afirmou Oliveira, referindo-se aos contratos de R$ 1,5 bilhão firmado entre a Delta e o governo do estado desde 2007.

Policiais do Batalhão de Choque, guardas municipais e seguranças da Alerj isolaram a entrada principal do prédio, na Rua Primeiro de Março, evitando que os manifestantes se aproximassem. Não houve confusão. Integrantes do PSOL e do PSTU e alguns bombeiros estiveram no local, assim como o pré-candidato a prefeito do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que passou rapidamente no protesto.

A deputada estadual Janira Rocha (PSOL) e o presidente regional do PSTU, Cyro Garcia, também estavam presentes.
- Estamos vivendo uma decadência moral no estado do Rio de tal forma que é muito importante que a população passe a deixar de se acostumar com essa corrupção e, realmente, se mobilize para demonstrar sua insatisfação - declarou a deputada Janira Rocha.

Os participantes usaram panos brancos na cabeça. A atitude foi uma sátira às fotos divulgadas em que secretários do governo Cabral aparecem dançando com guardanapos na cabeça em uma comemoração na capital da França, ao lado de Cavendish.

Entre eles, Sérgio Côrtes (Saúde) e Wilson Carlos (Governo). Na imagens, de 2009, está também Sérgio Dias, secretário municipal de Urbanismo da administração do prefeito Eduardo Paes (PMDB), pré-candidato à reeleição. Os manifestantes distribuíram ainda os adesivos "Operação explica Cabral. Eu cobro".

Enquanto ocorria o protesto, o plenário da Alerj estava vazio. Às 15h30m, apenas 14 dos 70 deputados estaduais havia marcado presença no expediente inicial da Casa, iniciada às 14h30m. Cabral tem o apoio de pelo menos 64 parlamentares. Procurado, o governador não quis falar sobre o protesto.
Fonte: Jornal O Globo. Colaborou: Nay Junior.

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