Oladiran Bello,
da Nigéria, (Nigéria), pesquisador da Fundación para las
Relaciones
Internacionales y el Diálogo Exterior (FRIDE)
Debater o potencial e os desafios da cooperação comercial
entre o Brasil e o continente Africano. Esse foi o tema de abertura do I Fórum
Brasil África, realizada no Teatro Celina Queiroz no campus da Universidade de
Fortaleza – Unifor.
Entre os
convidados: Ana Cristina Alves (Angola), pesquisadora do South African
Institute of International Affairs; Oladiran Bello (Nigéria), pesquisador da
Fundación para las Relaciones Internacionales y el Diálogo Exterior (FRIDE);
Gerhard Seibert (Portugal), pesquisador do Instituto Universitário de
Lisboa(ISCTE-IUL);
Centro de
Estudos Africanos (CEA) e Alexandra Arkhangelskaya (Rússia), pesquisadora da
Russian Academy of Sciences, Institute for African Studies. O Fórum Brasil
África reuniu uma vasta entre xx e 11 de maio, no campus da Unifor e no Hotel
Gran Marquise.
Oladiran Bello
trouxe as “Perspectivas de envolvimento futuro do Brasil no contexto evolutivo
da África”, apontando a necessidade do Brasil ir além das relações com os
países africanos de língua portuguesa e investir em uma postura mais
diversificada.
Segundo ele, o
Brasil ainda mantém uma relação muito restrita com África, apesar do seu
crescimento médio anual de 5%.
“O Brasil é um parceiro comercial
extremamente atraente para nós. O país vem conquistando mais fatia de mercado
na África pela sua economia cada vez mais forte. Por isso é preciso
que ele consolide negócios não só com os países lusófonos, mas também em outros
locais como a Nigéria, que participa ativamente do crescimento econômico
africano.
Alguns estudiosos afirmam que em 2023 a Nigéria irá superar a
economia da África do Sul. Em seguida,
Seibert fez a apresentação “A cooperação brasileira em África: atores, práticas
e parceiros”, recordando a histórica relação entre o Brasil e o continente
africano e destacou o papel do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nessa
reaproximação a partir do ano de 2003.
O pesquisador
trouxe inúmeros dados acerca das cooperações: técnica, financeira e educacional
e cultural, provocando o Brasil para uma postura mais diversificada e atenta as
transformações ocorridas na África. “Em 2010,
apenas 3,2% do comércio exterior do Brasil foi com a África, um número ainda
muito aquém do esperado.
Nossa cooperação técnica, principalmente, precisa ser
fortalecida, pois ela é um importante instrumento de política externa que
beneficia ambos os lados”.
Alexandra
Arkhangelskaya fez uma análise sobre “Brasil na África – O foco no setor de
metais”. A pesquisadora ressaltou a riqueza de recursos minerais encontrada no
continente e a diversidade de metais, dentre eles o cobalto, minério
fundamental na composição de equipamentos comunicativos, como celulares,
computadores, etc.
Ela revela que,
infelizmente, na maioria dos casos, a chegada de outros investidores como a
Rússia, China e Índia ainda não beneficiam diretamente os africanos. Contudo o
Brasil, pela sua afinidade histórica, tem condições de fazer de forma
diferente.
“O Brasil com
todas suas semelhanças e relações históricas com a África conta com esse
diferencial nas oportunidades de negócios no setor de metais. O Brasil tem 27%
de influência na mineração africana e vem implementando boas estratégias de
relacionamento quando oferece treinamento e contrata mão de obra local para seus
serviços.
O país de vocês tem uma ótima imagem na África, mas ainda tem o
desafio de conhecer e quebrar alguns mitos sobre esse continente tão rico”.
Texto: Aby
Rodrigues, correspondente do Portal Correio Nagô no Ceará
Fotos: Jornal
Diário do Nordeste |
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