segunda-feira, 23 de abril de 2012

MONER - Contra a Maré de um Rio Sem Racismo, Secretaria de Educação do Município é contra Cotas.


O município do Rio assim como o Estado do Rio de Janeiro anunciou desde o ano passado, a elaboração de um Plano de Igualdade Racial. Por parte do governo estadual foram estabelecidas cotas para negros e índios nos concursos públicos. 

No município do Rio tramitam projetos de leis que estabelecem cotas, tendo a frente o Conselho de Defesa dos Direitos do Negro - Condedine - ligado à prefeitura. A própria prefeitura do Rio possui uma Superintendência de Promoção da Igualdade Racial.

As declarações da secretaria em simpósio no Rio Grande do Sul, ao afirmar que "graças a Deus o Rio não precisa de cotas raciais pois nossa população é muito misturada", em um momento  que se discutem as cotas no STF, parecem não estar afinadas com o projeto educacional da prefeitura, que defende a diversidade.

Durante sua passagem pela 25ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, a secretária municipal do Rio de Janeiro, Claudia Costin, afirmou que o vestibular é um dos principais responsáveis pela crise do ensino médio do Brasil. Ela participou, na noite desta terça-feira, do painel "Educação: Obedecer, Pensar ou Criar?", realizado no último dia do evento que promove debates liberalistas.

Segundo o G1, a paulistana Claudia antes de assumir a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro Cláudia foi ministra da Administração Pública e Reforma do Estado, em 98 e 99 e secretária de Cultura de São Paulo, entre janeiro de 2003 a maio de 2005.

Especialista em gestão de políticas públicas, foi de ser chamada em São Paulo para assumir a secretaria,  vice-presidente da Fundação Victor Civitta. Ainda segundo o G1 sua escolha não foi por motivos partidários, pois segundo Pedro Paulo,  chefe da Casa Civil, desde a campanha o prefeito eleito já tinha dito que poria um técnico na Secretaria de Educação.

No encontro no Rio Grande do Sul ao responder outra pergunta sobre cotas para a população negra em universidades públicas, ela se disse contra a medida, mas ponderou que os EUA também as adotaram. "Os EUA têm cotas, mas como não é vestibular, é dentro das universidades, tentam equilibrar rapazes, moças e diferentes etnias nas instituições públicas e privadas".

A secretária sugeriu que o sistema de cotas fosse aplicado por um período de cinco anos e para alunos oriundos do ensino público, "enquanto se faz um trabalho de melhoria das escolas públicas". 

"Mas cotas raciais não fazem nenhum sentido entre a nossa população que, graças a Deus, é muito misturada", finalizou.

colaborou nesta matéria Ana Felippe

Fonte: terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário