A polícia
já identificou o médico que ofendeu uma funcionária negra de um cinema de
Brasília. Nesta quarta-feira (2), a polícia convocou o homem para prestar
depoimento e deve enquadrá-lo por injúria discriminatória.
As imagens do circuito interno de um shopping em Brasília mostram o médico Heverton Otacílio de Campos Menezes correndo. Ele fugiu depois que as pessoas que estavam na porta do cinema chamaram a segurança.
A funcionária do cinema, Marina Serafim dos Reis, foi ofendida porque impediu que o médico furasse a fila da bilheteria. “Ele disse que eu era muito grossa e que era por isso que eu tinha essa cor”.
As imagens do circuito interno de um shopping em Brasília mostram o médico Heverton Otacílio de Campos Menezes correndo. Ele fugiu depois que as pessoas que estavam na porta do cinema chamaram a segurança.
A funcionária do cinema, Marina Serafim dos Reis, foi ofendida porque impediu que o médico furasse a fila da bilheteria. “Ele disse que eu era muito grossa e que era por isso que eu tinha essa cor”.
Que eu
estava no lugar errado, que ali não era meu lugar, que eu não devia estar
lidando com gente, devia estar lidando com animal. Disse também que eu não
deveria estar morando aqui, que eu deveria estar morando na África cuidando de
orangotangos”, relata Marina.
Marina deu queixa e identificou o agressor. Ela diz nunca ter passado por tanta humilhação: “Na hora eu fiquei muito nervosa e até chorei. Fiquei muito abalada mesmo, sentida com o que ele falou. Senti-me um lixo”.
Heverton, que é médico endocrinologista e atende como psicanalista, é reincidente. Existe uma queixa de agressão contra ele feita por outra mulher negra, que trabalhou como mesária na eleição de 2002. Segundo a mulher, depois de uma discussão, também por causa de uma fila, Heverton disse que ela representava uma republiqueta de bananas e a chamou de neguinha.
O delegado Ainton Rodrigues de Oliveira diz que agora o médico deve ser indiciado por injúria difamatória. “Racismo é todo ato de segregação: uma escola que só aceita matricula de crianças brancas, por exemplo. Injuria discriminatória é um crime grave porque a pena se equipara a um homicídio culposo, que também prevê pena de um a três anos de reclusão”, explica Ailton.
Marina deu queixa e identificou o agressor. Ela diz nunca ter passado por tanta humilhação: “Na hora eu fiquei muito nervosa e até chorei. Fiquei muito abalada mesmo, sentida com o que ele falou. Senti-me um lixo”.
Heverton, que é médico endocrinologista e atende como psicanalista, é reincidente. Existe uma queixa de agressão contra ele feita por outra mulher negra, que trabalhou como mesária na eleição de 2002. Segundo a mulher, depois de uma discussão, também por causa de uma fila, Heverton disse que ela representava uma republiqueta de bananas e a chamou de neguinha.
O delegado Ainton Rodrigues de Oliveira diz que agora o médico deve ser indiciado por injúria difamatória. “Racismo é todo ato de segregação: uma escola que só aceita matricula de crianças brancas, por exemplo. Injuria discriminatória é um crime grave porque a pena se equipara a um homicídio culposo, que também prevê pena de um a três anos de reclusão”, explica Ailton.
*Jornal Hoje
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