Moner acompanha investigações do assassinato do Jornalista Rafael Zamora, religioso de matriz africana. Assessor do gabinete de Cabral é principal suspeito

Jornalista Rafael Zamora

Blogueiro Ricardo Gama

Olha que nós já havíamos escrito aqui, né? Não foi passional o assassinato de Zamora. Não dá para dizer que foi Racial, mas posso quase afirmar: Foi Político!

Ary Ferreira da Costa Filho é assessor de Sérgio Cabral e o acompanha há muito tempo. No Senado também estava nomeado como seu assessor. Assim que Sérgio Cabral assumiu o governo do estado, foi nomeado Assessor Especial, com status de subsecretário no gabinete do governador.

O jornalista e Pai de Santo cubano Rafael Zamora Diaz, de 51 anos foi assassinado com sete tiros de calibre 9mm, na noite de 2 de fevereiro de 2011, na Ladeira dos Guararapes, no Cosme Velho, onde vivia com seu filho de 20 anos, Rafael Humberto Zamora Abreu. Nada foi levado da vítima.

Zamora morava no Rio há 20 anos e tinha uma relação de pertencimento com o Movimento Negro e com as lideranças da Religiosidade de Matriz Africana. Em dossiê entregue a deputados na Assembléia Legislativa, em setembro de 2009, o religioso se disse ameaçado por um policial civil.

Na mesma época fez denúncia à Comissão de Igualdade Racial da OAB – CIR, identificando como o autor das ameaças Ary Ferreira da Costa Filho (Arizinho, como gosta de ser chamado), na época, assessor do governador Sérgio Cabral.

Em depoimento na Delegacia de Homicídios, no inquérito nº 152, Clemente Flávio Zamora Diaz, irmão da vítima, afirmou que no início de 2010, a vítima começou um relacionamento amoroso com “Ione Brasil de Macedo”, amante de Arizinho, assessor de Cabral.

Disse também que seu irmão depois de começar a namorar Ione sofreu uma prisão por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio-Ambiente por porte ilegal de armas e munições, descrita no (RO 200-00-211/2010), (processo da 19ª Vara Criminal nº 014369728.2010.8.19.0001).

Segundo a namorada (oficial) de Zamora, Ellen da Silva Romanelli Ferreira a arma e as munições foram plantadas por policiais civis interessados em incriminar Zamora por causa de seu romance com a amante de Arizinho.

Através de fotografias ela reconheceu Robson Marcelo Figueiredo e Marcos Valério de Azevedo Barbosa, Éder Miranda Santos, além dos policiais civis André Vieira Schlegel e Conrado Zimmerman Coimbra, como integrantes da diligência que culminou na armação contra Zamora.

Segundo ainda o depoimento Ellen e de mais duas testemunhas, Zamora recebia ameaças de Ary por telefone e pela internet há cerca de um ano. Por que será?

Apurações reservadas chegaram à conclusão que o motivo pelo qual Ary teria mandado executar Zamora não tem nada a ver com crime passional. É que sua ex-amante teria contado a Zamora, em uma consulta espiritual e em seus momentos de intimidade, a forma ilícita como Ary enriqueceu rapidamente sempre trabalhando ao lado de Sérgio Cabral.

Existe uma “operação abafa” para tentar impedir que o caso chegue até o gabinete de Sérgio Cabral já que Ary sabe tudo da vida do amigo e contou muitas coisas para Ione (então sua amante). Ela por sua vez relatou tudo ao então amante Zamora, em seções espirituais, que por fim foi assassinado, como queima de arquivo.

Neste momento o inquérito foi enviado para a 1ª Central de Inquéritos e está nas mãos do promotor Homero das Neves.

O curioso é que há muita semelhança com o modo de agir dos assassinos do nosso irmão negro, Zamora, e com os criminosos que balearam com três tiros na cabeça, o Blogueiro Ricardo Gama, que por milagre, escapou com vida de um atentado, em Copacabana.

Será só coincidência?